O estilo das marcas - Chanel

Mito, grande responsável pelas mudanças no vestuário feminio, e na moda, ocorridas no século XX.
Considerada uma das grandes forças do movimento feminista do início do século passado, Coco Chanel, criou moda atemporal, elegante, ostentada até hoje, fazendo sua marca sinônimo de elegância e conforto.
CHANEL é sempre tendência.

Para contar e entender um pouco de sua história (da marca CHANEL) é importante conhecer um pouco da vida de sua criadora, simbolo de revolução de costumes e da postura feminina no cenário social, somou elegância e simplicidade como formas de sobrevivência. Nunca admitiu sua origem pobre, apenas após sua morte em 1971, os fatos de sua infância veio a público.
Nascida na Vila de Saumur em 19 de agosto de 1883, ficou orfã da mãe Gabrielle (costureira) aos 13 anos de idade. Seu pai, Albert a mandou para um pensionato em Auvergne, aonde permaneceu  até o fim de sua adolescência. Todavia, a vida no interior não condizia com os anseios de Chanel, que trabalhou em uma loja de tecidos como balconista (onde aprendeu a profissão de costureira e a manejar a agulha com perfeição) e creiam, como cantora de cabaré, de onde surge seu apelido de Coco.

A extrema vontade de vencer na vida, era forte demais, ela decidiu sair a procura de amantes ricos que pudessem ajudar.
Esse foi o primeiro confronto com a sociedade machista do inicio do século XX.
Através do envolvimento com o milionário Etienne Balsan, chegou a Paris e ai estava Chanel inserida na sociedade da capital francesa.
Com a ajuda do playboy inglês Arthur Capel (conta a historia que esse foi o grande amor da vida da estilista), montou sua primeira loja, a Casa Chanel em 1909. No início , comercializava chapéus para as mulheres e acessórios. a Loja era localizada na região de Balsan, ponto de encontro de burgueses e políticos e suas amadas, uma grande oportunidade para Chanel comercializar seus famosos e impecáveis chapéus , com estilo simples, sem grandes adornos , encantou as damas parisienses.
Afinal quem era aquela mulher que ousava nos trajes simplistas, num look formado de trajes masculinos misturados com vestimentas femininas?
A partir dai, Chanel decidiu dedicar-se a costura. Arthur visualiza em Chanel uma futura mulher de negócios e a ajuda a adquirir um imóvel na rue Cambon, era 1910.

Seus cortes era simples, e encantavam, em 1913, inaugurou simultaneamente duas boutiques: em Deauville e em Paris. Nessa época, começou  criar roupas esportivas femininas, blusas de gola rolês, inspirada em marinheiros, feitas de malha e tricô, são ícones dessa época. Em 1916 quando já era responsável por um numero de 300 funcionários, abriu sua loja de alta costura em Biarritz, e em 1921, fixou-se em definitivo no nº 31 da Rue de Cambon, onde a Maison Chanel permanece até hoje.

Nessa época foi ousada ao lançar um perfume com sua assinatura.

Ao libertar o corpo feminino de faixas e corpetes apertados em saias cheias de babados, permitiu que as mesmas se sentisse livres e poderosas vestidas de maneira simples e prática.

Com essa filosofia "Não há mulheres feias, há mulheres mal cuidadas" queria atingir o maior numero de mulheres que pudesse através de suas roupas de cortes retos e elegantes.

Foi uma renovação geral no guarda-roupa feminino: Jérsei, cardigã, sapatos sem salto, vestidos sem mangas, jaquetas, saias plissadas, tailleurs, bolsas com alça de corrente dourada, para servir a mulher de bom gosto e poucos recursos era disponível na criatividade de Chanel.

Era (ou ainda é) o chique minimalista para aquelas que haviam cansadas do estilo Belle Epoque e da ornamentação exagerada. O vestido preto de crepe com mangas justas e compridas (Little Black Dress) ou por aqui, o nosso pretinho básico, é outra invenção Chanel, célebre e ousada, afinal era uma cor inédita para alta costura na época, atribuída somente ao luto, virou em 1926 peça coringa!

Em seu auge durante a década de 30, empregou 4.000 funcionários e vendia por ano 28.000 peças.
Chanel desenhava roupas que gostava de vestir, não fazia esboço no papel, criava em cima dos tecidos, no corpo das modelos, era a roupa que deveria se adequar ao corpo, como gostava de dizer.
Nessa época, Chanel, fazia parte do seleto grupo de artistas e celebridades de Pablo Picasso, a Marilyn Monroe.
Durante a Segunda Guerra mundial, Chanel chegou a trabalhar como enfermeira, uma vez, que o negocio relativos a moda neste período logicamente, estavam em baixa. Nessa época envolveu-se com um oficial alemão, Hans Gunther Von Dincklage o que lhe custou um exílio na Suíça.

Era 1954 quando voltou a Paris, e retornou a alta costura. Sua carreira renasceu nessa época, o cardigã, o vestido preto e as pérolas tornaram-se marcas registradas do estilo Chanel.
Quando em 1958 apresentou sua coleção , as francesas ficaram maravilhadas, novo comprimento de saias mostrou tornozelos das mulheres, cujos os pés passaram a contar com sapatos confortáveis de bicos arredondados. Pérolas em especial, e bijuterias em geral, ganharam lugar de destaque, cachecóis usados com muita classe e, seu corte de cabelo tornou-se simétrico, mostrando a nuca, o eterno corte Chanel.

No ano da sua morte, no dia 10 de janeiro de 1971 (87 anos) , no luxuoso Ritz de paris, Chanel ainda trabalhava ativamente em uma nova coleção.
Assim, como sua vida, sua morte também foi marcada por glamour e boatos, sozinho com sua camareira num quarto do sofisticado hotel, Chanel teria dito: "Vê? É assim que se morre. Sozinha, mas sempre chique".
Depois da sua morte, o empresário francês Jacques Wertheimer, comprou a marca e manteve sem grandes inovações.
O ano de 1983 foi marcado pela chegada de Karl Lagerfeld à empresa como diretor artístico da marca (alta costura e prêt-à-porter). era o início de uma nova e glamorosa fase da marca CHANEL, dessa vez comandada pelo "Kaiser da moda".

Procuramos detalhar nesse post, o  estilo criado por Mademoiselle Chanel, revitalizado por Lagerfeld, atravessou o século 20 e se tornou atemporal.
Expandiu-se, na linha de perfumaria , joias , relógio , cosméticos, óculos de sol e de grau e se tornou um dos maiores impérios da moda, sempre exaltada pelos críticos por seus artigos de extremo luxo e altíssima qualidade.